sábado, 8 de janeiro de 2011

A ASCENÇÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA – Lição 2

O Evangelho de Lucas encerra-se com um grupo convicto de crentes. Jesus "Lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras" (Lucas 2.45). Eles já não eram um grupo facilmente disperso de discípulos, mas um corpo comissionado, unido, devoto, esperando ser revestido com poder do alto (Lucas 24.46-53). Em outras palavras, eles já eram a igreja. Como está claro em Hb 9.15-17, a morte de Cristo e o derramamento de seu sangue puseram em vigor o Novo Pacto. Assim, os crentes que, diariamente, estavam no templo, especialmente nas horas de oração (Atos 3.1), bendizendo (dando graças) a Deus, constituem já um Corpo do Novo Pacto.

Segunda: a obra de Deus não terminou com a ascenção de Cristo. O livro de Atos mostra o que Jesus continuou a fazer e ensinar pelo Espírito Santo através da igreja.

Em Atos cap. 1:2,3 está claro que Jesus não foi assunto aos céus antes de haver dado mandamentos através do Espírito Santo e seus apóstolos escolhidos. A palavra "apóstolos" aqui pode não estar limiada aos Doze, mas pode incluir outros "enviados" comissionados por Jesus (como os 70 foram em Lucas 10.1). Inclui, evidentemente, aqueles aos quais Jesus se apresentou pessoalmente depois de seu sofrimento, dando muitas provas infalíveis (provas positivas, sinais seguros, evidência iniludível e convicente) de que estava vivo.

Nestas apresentações ele deixou claro que não era um espírito ou um fantasma. Eles o tocaram. Ele mostrou-lhes as mãos e os pés, dizendo sou "eu mesmo" (Lucas 24.28-43). Durante um período de 40 dias ele os procurou repetidas vezes. Não eram visões. Eram aparições objetivas, reais, pessoais de Jesus. Eles o reconheceram e aprenderam Dele, com real compreensão, as verdades concernentes ao reino de Deus. Agora eles compreendiam como a Cruz e a Ressurreição eram ambas necessárias para nossa salvação. Ambas eram revelações do poder e do amor de Deus.

A PROMESSA DO PAI ( 1.4,5)

O Evangelho de Lucas condensa os 40 dias após a ressurreição e salta para a exortação final dos 120 que permanecerem em Jerusalém até que recebam a promessa do Pai, que Jesus mesmo tinha dado (Lc 24.49; Jo 14.16; 15.26; 16.7,13).

Em Atos 1.4 Lucas vai, de novo, à ocasião imediatamente anterior à ascenção. Jesus estava reunido com eles. O grego dá entender que ele estava participando de uma refeição com eles. Naquela ocasião ele repartiu a ordem, enfatizando que eles não deviam ausentar-se de Jerusalém. Isso era muito importante. O dia de Pentecoste teria tido pouco efeito se apenas dois ou três deles tivessem permanecido em Jerusalém.

O Evangelho de Lucas atinge seu clímax com a ascensão de Cristo. Lucas 24.50 indica que Jesus levou seus seguidores ao Monte das Oliveiras do lado oposto a Betânia. Enquanto os abençoava foi elevado ao céu (isto é, levado gradualmente, não arrebatado). Atos acrescenta que isso aconteceu "estando eles com os olhos fitos no céu". Eles não estavam sonhando; realmente o viram subir. Então, uma nuvem, não uma nuvem comum, mas, sem dúvida, uma nuvem glorioso como a do shekinah do Antigo Testamento, o envolveu. O grego pode bem dar a entender que a nuvem se formou por baixo dele e ele a fez elevar-se para fora de suas de suas vistas. Mas não se limitou ele a deixar a superfície da terra, pois ascendeu para tomar lugar à mão direita do Pai, e ainda está corporalmente presente no céu. Estevão o viu ali (At 7.55).

Depois que Jesus desapareceu, os discípulos ainda ficaram ali, espantados, com o olhar fixo nos céus para onde ele tinha ido. De repente, dois varões vestidos de branco apareceram junto deles. O branco fala de pureza. Embora, aqui, não sejam chamados anjos, geralmente se admite que o fossem. Os anjos são espíritos, mas, na Bíblia, em geral aparecem como homens. Os anjos perguntaram aos discípulos, varões galileus, porque estavam contemplando o céu. Isso implica que eles estavam perscrutando com os olhos como se esperassem ver dentro do céu para onde Jesus havia ido. A primeira vinda de Cristo estava cumprida;sua obra de redenção, completa. Muito tempo passar-se-ia antes (Mt 28.20). Por agora, ele lhes havia deixado uma missão, um trabalho a executar. Ele lhes dera instruções para esperarem em Jerusalém pela promessa do Pai e por poder para serem testemunhas. Eles devem obedecer com a garantia de que ele voltará. A promessa de sua vinda é tão enfática quanto podia sê-lo. Esse Jesus há de vir assim, da mesma maneira como o vistes ir. Ele já lhes dissera que voltará nas nuvens (Mc 13.26). Em seu sofrimento ele se identificou com o Filho do Homem de Daniel 7.13,14, de quem Daniel fala que está vindo com as nuvens. Não surpreende o fato de que sua volta continua a ser uma das motivações mais importantes para a vida cristã. (Jo 3.2,3).


 

FONTE: O Livro de Atos (Stanley M. Horton)

Um comentário:

  1. eu espero ansiosamente pelo dia da volta de Cristo...
    não só espero mas amo a volta de Cristo!!!

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