sexta-feira, 4 de março de 2011

O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS – Lição 10

Em João 3.16 quando diz que "Deus amou o mundo..." fica claro a ilimitada extensão do amor divino, o qual abrange a toda sua criação. A nação judaica equivocou-se tremendamente nesse ponto, pois, pensam eles serem objetos exclusivos do amor de Deus. Podemos até admitir que eles foram privilegiados em ser escolhidos como povo peculiar para ser a testemunha de Jeová perante as nações pagãs, pois, era por meio deles que Deus queria levar o seu amor aos demais povos. Deus disse a Abrão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra", isso nos mostra que sempre esteve no coração de Deus manifestar o seu amor para com todos os homens. A igreja primitiva precisou ser impactada pelo poder do Espírito Santo para entender a extensão do plano de Deus para a salvação de todos os homens. Não entendendo porque alguns sistemas doutrinários insistem em ensinar que Deus teria excluído algumas pessoas, não dando-lhes a oportunidade de poderem crer para receber a salvação, essa posição é muito contraditória com o caráter de Deus, pois, o apóstolo Paulo nos diz: "Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade", se Ele fechou a porta para alguns, então Paulo deveriam dizer que Deus deseja que apenas aqueles que Ele escolheu antecipadamente cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Deus não excluiu nenhuma pessoa do plano da salvação, sem antes dar a essa pessoa uma oportunidade de crer na obra redentora de Cristo.

OS GENTIOS NA CASA DE CORNÉLIO

Os gentios na casa de Cornélio receberam a Palavra de Deus. Isto significa que a receberam de bom grado, reconheceram sua verdade, e aceitaram sua mensagem de arrependimento, perdão e salvação. Essa era uma notícia preciosa e, para alguns dos judeus, provavelmente não era uma boa notícia. Uma notícia assim viajava depressa e alcançou os apóstolos e os demais irmãos em Jerusalém antes da volta de Pedro. Quando ele chegou, "os que eram da circuncisão" (que, por esse tempo, incluíram todos os crentes em Jerusalém, porque eram todos judeus prosélitos plenos), estavam prontos para atirar-se a ele. Imediatamente disputaram com ele por entrar na casa de homens incircuncisos e, pior, ainda, comer com eles. O fato de que estes crentes estavam perturbados patenteia-se em não usarem a palavra costumeira para "não circuncidado". Em seu lugar eles usaram uma palavra da gíria por demais depreciativa para os gentios. È muito provável, também, que umas das razões pelas quais estavam perturbados era o medo de que a ação de Pedro pudesse encerrar o período de paz que estavam gozando, provocando os judeus não-convertidos contra eles.

Pedro, então, passou a explicar-lhes tudo por ordem, isto é, desde o momento em que tivera a visão em Jope. Ele acrescenta que o lençol desceu bem perto dele de modo que lhe foi possível olhar e inspecionar o conteúdo sem possibilidade de engano. Ele foi cuidadoso, também, em apontar para as seis testemunhas que estiveram em sua companhia em Cesaréia e que ele trouxera consigo a Jerusalém (Vers. 12). Como uma prova a mais da direção de Deus, acrescenta que o anjo disse a Cornélio que Pedro falaria palavras pelas quais Cornélio e toda a sua casa seriam salvos. Então, sem repetir o sermão que pregou em Cesaréia, Pedro lhes disse que, logo que começou a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles "como também sobre nós". Isto é, tão real e tão evidentemente como sobre os 120 sobre os 3000 no dia de pentecoste, "no princípio". Alguns escritores procuram evitar mencionar aqui "como no dia de pentecoste" (At 2.4), que visto que não houvera nenhuma descida ou derramamento do Espírito em cumprimento da profecia de Joel até então.

Pedro, então, prosseguiu dizendo que Deus deu a estes gentios o mesmo dom que havia dado aos crentes judeus. "Mesmo", no grego, significa igual ou idêntico. Isto é significativo porque a evidência convincente não foi o vento ou o fogo. Eles precisavam de uma evidência convincente, e a única evidência convincente dada era o fato de falarem eles em outras línguas e magnificarem (darem glória) a Deus. Os gentios não tiveram de perguntar se tinham realmente recebido este poderoso derramamento. Eles sabiam. Pedro e as testemunhas não disseram "eu penso" ou "eu suponho" ou mesmo "eu espero" ou "eu acredito" que estes gentios foram batizados no Espírito Santo. Eles sabiam. Seguramente, no meio de toda a controvérsia e discussão acerca do Espírito Santo hoje, precisamos da mesma evidência convincente. Desde que Deus deu aos gentios o dom do Espírito, para Pedro o recusar-se a aceitá-los seria resistir a Deus – e, quem era ele – e quem é qualquer pessoa – para fazer tal coisa? Nem os crentes judeus de Jerusalém podiam resistir a Deus. Os fatos relacionados com o caso silenciavam todas as suas antecipadas objeções; eles eram bastante sensíveis ao Espírito e à Palavra para glorificar a Deus e reconhecer que Deus havia dado, mesmo aos gentios, arrependimento para vida. Ainda mais especificamente, Deus aceitara o arrependimento deles e dera-lhes vida espiritual sem que tivessem de ser circuncidados; o batismo no Espírito Santo trouxe o testemunho para isso.

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