quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR – Lição 10



Existe o provérbio popular  que diz: “Quer saber quem o homem, entregue poder para ele”. Quando observarmos as Escrituras pensando nessa expressão, facilmente chegamos a conclusão que esse princípio é aplicável na experiência em grandes proporções. Quando as pessoas assumem posições de domínio elas passam sofrer pressões de todos os lados, as quais muitas vezes tendem a moldar o próprio caráter de cada um. Todavia, o homem que tem como modeladores do seu caráter os princípios e valores da Palavra de  Deus jamais permitirá que o seu status e conforto pessoal sejam priorizados em detrimento da verdade de Deus. Um dos principais requisitos que o apóstolo Paulo apresenta para que alguém exerça o ministério, é que o tal não seja avarento, pois, ele também diz que o amor aos valores materiais é a origem de todos os males. Estamos presenciando uma realidade muito triste nos tempos modernos, pois, abrir igrejas, construir templos, comprar horário na televisão com pretexto de anunciar o evangelho virou o grande negócio que proporciona muito retorno financeiro e também cria um grande gabinete de empregos para parentes de todos os graus, amigos, e todos os demais a quem o “imperador” quer favorecer. Estão substituindo a “visão celestial” por “visão empresarial”, enquanto a primeira se preocupa com as  almas dos homens investindo em evangelismo, missões, ensino teológico e obra social, a segunda está gastando fortunas com canais de TV (diga-se de passagem com um conteúdo que deixa a desejar);  espaços super confortáveis com todas as beneses da tecnologia  para as lideranças, enquanto muitos templos não tem um som com qualidade, não tem ventilação apropriada, assentos confortáveis, e as vezes nem ao menos copo descartável para alguém tomar água. As lideranças subalternas das congregações são pressionadas a gastar o mínimo, pois, toda a arrecadação deve ser levada o tesouro central, pois, o Eliasibe juntamente com Tobias e todos os seus parentes e amigos precisam manter  o seu luxo e conforto de suas apartamentos luxuosos, seus carros importados, super planos de saúde, e constates viagens “para atender o trabalho do Senhor” , mas que também envolve umas comprinhas no shopping, um city tour e outras coisinhas desse tipo.  Essa era a infame postura do ministério na época em que Neemias esteve atuando em Jerusalém, o sacerdote Eliasibe era um líder nepotista, interesseiro e imparcial (Ne 13.1-8), por isso fez parcerias com o propósito de tirar proveito material da sua função como sacerdote ao procurar beneficiar a si mesmo e aos seus próprios parentes. Infelizmente essa infame prática do NEPOTISMO é praticada discaradamente na maioria das igrejas evangélicas e demais instituições nesse pais.

O LIDER E SUA RELAÇÃO COM O PODER
O texto bíblico de Lucas 12.41-48 narra a conversa de Pedro com Jesus em lugar de seus colegas, os discípulos. A preocupação de Lucas em narrar o fato deve-se à sua preocupação com um problema permanente no movimento cristão. O poder tem a tendência de corromper, especialmente em círculos religiosos onde o seu uso pode ser santificado em nome de Deus. Pedro ao perguntar, dá oportunidade para Jesus falar contra o abuso de liderança.  Primeiro, o Mestre se dirige aos discípulos, mas atinge a todos que se ocupam dessa responsabilidade. Na realidade, Deus espera do mordomo (no caso, o líder) fidelidade e prudência). O mordomo fiel e prudente usa os bens e ale confiados conforme o desejo do seu Senhor, ou seja, o de cuidar daqueles por quem é responsável. O interessante é notar que, como recompensa ao fiel, Deus dá mais responsabilidade. No ministério, quanto mais fiel  o ministro busca ser, mais tarefas se colocarão à sua frete provando e comprovando a sua capacidade.  A parábola continua e demonstra que o líder enganado por falsa segurança devido à demora da volta do Senhor começa a maltratar as pessoas (v.45). É o abuso do poder, e contra isso Jesus adverte os seus. O cargo de ministro cristão, como é o nosso caso, é muito sério. Muitas vezes, por não compreender a posição que ocupa, o ministro pode, em nome de Deus, exercer autoridade em demasia, prejudicando as pessoas que lhe são confiadas. E o ministro que conhece a vontade de Deus e não a cumpre é mais culpado do que aquele que age por ignorância. Ser um ministro na casa do Senhor não é honrar que se procura, mas tremenda responsabilidade, da qual se deve desincumbir “com temor e tremor”. Quanto mais capacidade Deus dá aos líderes, mais lhes é requerido. O ministro fiel é colocado sobre todos os bens (Mt 24.25) do seu Senhor.  E que bem maior temos nós, como ministros da casa do Senhor, do que pessoas que querem crescer na maturação de sua personalidade global através de nossa atuação? Convém lembrar que a parábola contém uma advertência especial para a liderança cristã que usa a sua posição para adquirir vantagens pessoais, tentando ser senhores e não servos. Isto se revela no exercício de uma tirania sobre os que não os apóiam e sendo indulgentes para os que os apóiam. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário